O assistente terapêutico é um profissional fundamental no apoio à inclusão de alunos autistas no ambiente escolar. Sua função vai além da supervisão, envolvendo suporte nas atividades pedagógicas, sociais e emocionais da criança. Este post explica o que é um assistente terapêutico, suas funções, quem pode exercer esse papel e a importância desse apoio no contexto educacional.
A inclusão escolar de alunos autistas é um direito assegurado por lei no Brasil, exigindo adaptações pedagógicas e apoio especializado. O assistente terapêutico (AT), também conhecido como acompanhante terapêutico, é um profissional que auxilia o aluno no desenvolvimento de habilidades necessárias para sua participação efetiva na escola. Mas quem pode ser um assistente terapêutico? Quais suas funções? E como sua atuação impacta positivamente no aprendizado e na socialização de estudantes com autismo? Vamos responder a essas perguntas ao longo deste post.
O Que é um Assistente Terapêutico?
O assistente terapêutico é o profissional que acompanha e auxilia o aluno autista durante o período escolar, oferecendo suporte para sua adaptação e participação nas atividades diárias. Sua atuação é guiada pelas orientações da equipe multidisciplinar que acompanha a criança, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos.
Principais Funções do Assistente Terapêutico
- Apoio na Comunicação: Facilita a comunicação do aluno, utilizando recursos como pictogramas e comunicação alternativa.
- Mediação Social: Estimula a interação com colegas e a participação em atividades em grupo.
- Apoio Pedagógico: Auxilia na execução de atividades adaptadas, respeitando o ritmo de aprendizagem.
- Orientação Emocional: Ajuda a criança a lidar com emoções e situações novas.
- Promoção da Autonomia: Estimula o desenvolvimento de habilidades que favoreçam a independência no ambiente escolar.
O que o Assistente Terapêutico Faz na Prática?
Na prática, o AT atua como um facilitador entre o aluno, os professores e os colegas. Suas atividades incluem:
- Auxiliar na transição entre atividades e ambientes.
- Ajudar na organização e compreensão das tarefas.
- Estimular comportamentos socialmente adequados.
- Monitorar e intervir, quando necessário, em situações de crise.
- Implementar estratégias definidas pela equipe terapêutica.
Quem Pode Ser Assistente Terapêutico?
Não há uma formação única exigida, mas é recomendável que o profissional tenha conhecimentos em psicologia, pedagogia, terapia ocupacional ou áreas afins. Além disso, é importante que o AT tenha características como paciência, empatia, proatividade e capacidade de trabalhar em equipe.
Legislação e Diretrizes no Brasil
- Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015): Garante o direito à educação inclusiva com os recursos de apoio necessários.
- Lei 12.764/2012 (Lei Berenice Piana): Assegura o direito ao acompanhante terapêutico para alunos com TEA.
- Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva: Reforça a importância de adaptações e apoio especializado.
Conclusão
O assistente terapêutico desempenha um papel indispensável na inclusão de alunos autistas nas escolas regulares. Sua atuação, alinhada às necessidades individuais da criança e às diretrizes pedagógicas, promove o desenvolvimento de habilidades acadêmicas, sociais e emocionais. O suporte desse profissional é um passo fundamental para garantir uma educação inclusiva e de qualidade.
Referências Bibliográficas
- BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
- BRASIL. Lei n. 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
- MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como Fazer?. São Paulo: Summus Editorial, 2015.