Dia das Crianças: celebrar a infância é também incluir todas as formas de ser

O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, é uma data para celebrar a alegria, a imaginação e o direito de ser criança em todas as suas formas.

Mais do que brinquedos e presentes, o dia convida à reflexão sobre inclusão, empatia e respeito às diferenças — afinal, toda criança merece brincar, aprender e crescer sendo quem é.

O Dia das Crianças é um dos momentos mais especiais do ano.

Mas, além da celebração, ele nos convida a pensar sobre a infância em sua diversidade — lembrando que cada criança é única em seu modo de sentir, aprender e se comunicar.

Crianças autistas, com deficiência física, intelectual ou sensorial, também têm o direito de viver plenamente a infância, com oportunidades de brincar, explorar e conviver.

Celebrar o dia das crianças é, portanto, celebrar o direito de todas as infâncias.

Brincar é inclusão

O brincar é uma linguagem universal.

É por meio das brincadeiras que as crianças aprendem sobre o mundo, sobre si mesmas e sobre os outros.

Para crianças neurodiversas ou com deficiência, o ato de brincar também é terapêutico e socializador — ajuda na comunicação, na coordenação, na expressão emocional e no fortalecimento de vínculos.

Mas, para que todas possam brincar juntas, é preciso criar ambientes acessíveis e sensoriais equilibrados, oferecer brinquedos inclusivos e valorizar o ritmo individual de cada criança.

Brincar não precisa ser igual para todos — o importante é que todas as crianças participem e se sintam pertencentes.

O papel dos adultos na construção de uma infância inclusiva

A inclusão começa nas pequenas atitudes.

Pais, professores, terapeutas e cuidadores têm um papel essencial em garantir que o brincar seja um espaço de respeito e acolhimento.

Algumas ações simples fazem toda a diferença:

  • Adaptar jogos e atividades para diferentes necessidades.

  • Evitar comparações e incentivar conquistas individuais.

  • Promover momentos de convivência entre crianças diversas.

  • Ensinar empatia desde cedo, mostrando que cada um aprende de um jeito.

Quando as crianças crescem em ambientes inclusivos, aprendem naturalmente a respeitar as diferenças e a enxergar o outro com sensibilidade.

Brincar é um direito de todas as crianças

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e com a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, toda criança tem o direito ao lazer, à educação e à convivência familiar e comunitária.

Isso inclui ter acesso a espaços públicos acessíveis, brinquedos adaptados, atividades inclusivas e acolhimento emocional.

Uma infância respeitosa e empática é o primeiro passo para uma sociedade mais justa e humana.

Conclusão: celebrar a infância é celebrar a diversidade

Neste Dia das Crianças, que tal ir além dos presentes?

Ofereça tempo, escuta, brincadeiras e amor — porque o maior presente que uma criança pode receber é ser aceita e compreendida como é.

Celebre o riso, a curiosidade, o aprendizado e a diversidade.

Toda criança, autista ou não, tem o direito de viver a infância em sua forma mais bonita: sendo livre para ser ela mesma.

Referências bibliográficas

  • BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — Lei nº 8.069/1990.

  • Organização das Nações Unidas (ONU). Convenção sobre os Direitos da Criança. 1989.

  • Vygotsky, L. S. A Formação Social da Mente. Martins Fontes, 2020.

  • Mantoan, M. T. E. Educação inclusiva: o que é? Por quê? Como fazer? Moderna, 2020.

  • UNICEF Brasil. Brincar é um direito. 2023.

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